quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O homem...

O homem, um ser único e característico que consegue adaptar-se a (quase) todos os ambientes e/ou situações, tem a capacidade de praticar boas acções, mas é também capaz das mais bárbaras atrocidades; o ser humano, animal complexo e imanente, alcançou os objectivos a que se propôs chegar à sua nascença como ser social, mas parece não ter ainda atingido os mais nobres fins- a fraternidade e a solidariedade absoluta tal como alertou Martin Luther King: «Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a viver como irmãos», referindo-se ás enormes dificuldades de integração racial e social por parte dos negros nos EUA nos anos 60, facto que comprova a perseverante falta de vontade da humanidade em conviver e aceitar o seu semelhante e a desmotivação por parte desta em relação à equidade entre todos por causa de “diferenças” insignificantes.
Homem/humanidade- na sua faceta pessoal ou colectiva, o ser humano mostra grandes reticências em relação a diversos itens relacionados com o seu meio sociocultural, olha para as já referidas diferenças insignificantes, distorce-as e faz delas aquilo que muito claramente não são, o que provoca reacções que o mesmo ser humano tem tendência a criticar, caso dos dois atletas negros norte-americanos que ao receberem as respectivas medalhas de ouro e prata após uma prova nos Jogos Olímpicos da cidade do México em 1968, ergueram o punho direito (que estava calçado com uma luva preta) em sinal de protesto contra as ordens discriminatórias vigentes na sociedade americana, e em favor dos movimentos pelos direitos civis, sendo por isso posteriormente expulsos da aldeia olímpica; aqui se vê a complexidade que a contra-reacção em relação a certos factos negativos atinge perante determinados níveis.
Talvez fosse necessário haver uma revolução nos maneirismos das mentes dos intervenientes/responsáveis da sociedade actual, de modo a mudar tudo isto;
Mas essa revolução tem que partir do Homem para o Homem, pois só este poderá intervir na sua própria mentalidade de maneira a transformar algo.
A Humanidade (homem) precisa encontrar respostas para si mesma de modo a triunfar neste espaço sociocultural para assim contribuir para o seu próprio desenvolvimento e até sobrevivência a nível individual, colectivo e inclusivamente moral dado que só se conhecendo bem a si mesma, poderá atingir/alcançar o “desejado”.
As tais respostas estão “lá” só precisando os homens (humanidade) de olhar através do muro do preconceito e do egoísmo

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